Você já se perguntou por que sente medo?
Nosso cérebro compreende duas regiões o neocórtex que é a parte mais externa responsável por funções mentais como pensamento e linguagem e toda a parte racional. Na parte interna há o sistema límbico, que é a parte mais primitiva, que coordena reações instintivas – dentre elas o medo.
Os dois sistemas são interligados, se comunicam e um influencia o outro. Na psicologia as regiões são divididas em Sistema 1 e Sistema 2.
O Sistema 1 é intuitivo, rápido, emotivo, inconsciente, automático. Sabe aquele pressentimento que você tem quando conhece alguém? É o Sistema 1 em ação. Ou quando volta para casa de forma automática, sem precisar relembrar o caminho? Sistema 1. Tudo o que você faz sem pensar – inclusive sentir medo – é obra do Sistema 1.
Já o Sistema 2 é o contrário: ele é o pensamento, lento, consciente, racional. A sua consciência mora dentro dele. “Mas o Sistema 1 é o autor secreto de muitas escolhas e julgamentos que você faz”, explica o psicólogo israelense Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia e autor de Rápido e Devagar, livro que discute a relação entre os dois sistemas.
O Sistema 1 é essencial para a sobrevivência. É o instinto que nos permite reagir rapidamente a ameaças. O problema é que o Sistema 1 usa regras rudimentares, muitas vezes erradas, para dosar o medo que vamos sentir das coisas. Por exemplo. Quanto mais você se lembra (ou é lembrado) de uma ameaça, mais medo o Sistema 1 produzirá, independente do real perigo envolvido. E ele também é fortemente influenciado pelo medo que outras pessoas sentem (medo é contagioso). Tudo isso nos leva a receios exagerados e errados.
A sociedade exige cada vez mais de nós. Não conseguimos nos desconectar, e aí sentimos mais ansiedade”, diz o psicólogo Luís Fernando Saraiva, do Conselho Regional de Psicologia (CRP) de São Paulo.
Mas você sabia que é possível vencer seus medos?
Há terapias que auxiliam na questão. A principal delas se chama terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela nos ensina a mudar os pensamentos ruins que ficam estimulando a amígdala e gerando ansiedade. “A forma como pensamos influencia a maneira como sentimos. Portanto, mudar o modo como pensamos pode mudar como nos sentimos”, resume o psiquiatra Aaron T. Beck, pai da TCC, no livro The Anxiety and Worry Workbook (“O Manual da Ansiedade e da Preocupação”, inédito no Brasil).
Você pode treinar sua mente e usá-la em seu favor! Seja para superar seus medos, ou qualquer crença que impeça você de atingir seus objetivos e realizar seus projetos!
Quer saber mais?
Veja o artigo na íntegra em: https://super.abril.com.br/comportamento/medos-como-vencer-os-seus/
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